terça-feira, julho 01, 2003

Sentido

Há tanto o que fazer, tanto que nos distrai a atenção que passamos facilmente pelos primeiros 60 anos de vida sem precisar de um sentido para viver. Podemos seguir exatamente como os animais, de um prazer para outro tentando nos esquivar das dores. A única diferença é a complexidade dos prazeres e dos percalços.

No final todos nós acabamos tendo um sentido, alimentamos alguma coisa que vai influenciar o futuro, mas poucas vezes realmente nos sentamos para decidir que tipo de sentido daremos para a nossa vida e vamos simplesmente passando.

É difícil até dizer se o modo animal não é melhor e os acasos da natureza ainda são mais sábios que os nossos planos... Os países, culturas e religiões que criamos enquanto buscávamos sentido muitas vezes causaram muito mais confusão do que nossos atos mais inconseqüêntes, ou não?

Talvez não tenhamos mesmo opção e alguns de nós só consigam viver buscando sentido enquanto outros só fazem sentido no acaso...